quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A unica


 Ao chegar em casa, exausto de mais um dia de trabalho
colocou-se a lembrar do que havia feito, a prestar contas de suas ações
 Pela manhã ele preparava um discurso pra se declarar à garota amada,
um discurso que já era planejado a algum tempo, algo que treinava em frente o espelho à semanas.
 E lá estava ela na praça por acaso, acompanhada e feliz.
 Brincou fingindo não conhecê-lo, ele sorriu, ela voltou e o abraçou
 Ele cumprimentou seu namorado voltando seus olhos à ela
 Perguntou se estava tudo bem, pois adoecera dias antes
 Ela disse que sim e agradeceu sua visita ao hospital
 Disse ainda que o namorado a visitara todos os dias, enquanto ele foi apenas uma vez.
 Ele sorria por fora, mas estava quebrado por dentro
 Foi então que resolveu despedir-se com a desculpa de que ela iria se atrasar pra onde quer que fosse
 Ela então se foi de mãos dadas com o amante.
 E ele aos cacos, ergueu-se e conseguiu chegar em casa.
 Agora em frente o espelho novamente, viu seu discurso tão esperado descer ralo abaixo junto com a espuma do banho que acabara de tomar.
 Sentou-se nu sobre o vaso sanitário com um cigarro na boca e chorou até suas lágrimas secarem.
 A unica coisa pra qual vivia, que ainda o segurava na cidade, deixara de existir.

8 comentários:

Daniel Savio disse...

Neste momentos, só penso o seguinte, ainda não era ela...

Fique com Deus, menino Rafael Galvão.
Um abraço.

Leandro blogger disse...

é o amor as vezes tem disso meu amigo!

Palatus disse...

O amor tem dessas coisas feias, mas a gente sempre luta para preservar até quando não dá mais.
Belo texto, Galvão.
Inté mais e bom feriado.

Unknown disse...

Bem, há alguém a espera de cada alguém, não era ela, nem essa era a cidade, não era o tempo e se talvez fosse, não tinha sido a atitude, nem a coragem.

Parabéns, outro grande escrito!

Flavinha ^_^ disse...

Oi, conheci teu blog há pouco (devido {à visita no orkut que recebi ;))
Enfim, ADOREI! Concordo plenamente, mais um ótimo escritor que estava perdido por aí.
Parabéns pelo blog!
Te cuida
Beijão ^_^

sblogonoff café disse...

Parece com epsódio de greys anatomy. 14 da 6• temp.
O cara era maetri do restaurante. Aí ele conheceu a mulher e ela experimentava todos os pratos. Quando não havia nada de novo, ele desafiava os chfs a inventar outro prato. Ela era a musa dele. Até que um dia ela chega com um cara e ele serve a mesa dos dois. Ele, a pedido do noivo, coloca a aliança de noivado dentro de um creme para ela encontrar,e da janela ele chora calado quando ela diz Sim. E todas as sextas-feiras, durante 15 anos, a mulher e o marido vão áquele restaurante e ele observa silencioso. Até o dia do acidente, quando o destino (e 50 dólares!) junta os dois num quarto de hospital...

Mary_Flor disse...

Adorei o texto Rafal.
Passei pelo teu blog meio que quase sem querer e.. ADOREI!
Lindo texto!
Beijos...
Bom final de semana
^^

Alma Poética disse...

Imagino o quanto e complicado, para que ama ver sua amada indo nos braços de outros, porem e como digo o amor as vezes naum e da forma que queremos que fosse as vezes ultrapassamos etapas e ai onde ocorre o erro, ta vendo so se ele tivesse lado a lado com ela nos momentos dificeis com certeza estarei com ele, mas valeu grande palavras sabias so de quem amou sabe o que quero dizer, seja bem vindo sou mais um seguidor ai seus momentos espero vc tbm me siga meu blog valeu vai la deixa seu comentario apareça sempre seja bem vindo......marquinhos

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento