sábado, 30 de abril de 2011

HOMEM COMUM


 Lendo um livro debaixo de uma árvore hoje pela manhã, me recordei das poucas vezes que fui visitar o túmulo do meu pai.
 Um trecho escrito retratou exatamente como foi a ultima vez que estive em São Paulo:
" Nos anos que haviam passado desde a ultima visita, ele esquecera o efeito que aquelas lápides tiveram sobre ele quando as vira pela última vez. Viu os dois nomes gravados ali, e foi dominado por um acesso de choro, daquele tipo que deixa um bebê sem forças. Foi fácil evocar a última imagem que tinha de cada um dos dois[...] Eram apenas ossos, ossos dentro de uma caixa, mas os ossos deles eram dele, e ele aproximou-se dos ossos o máximo que pôde, como se a proximidade pudesse estabelecer um vínculo com eles e atenuar o isolamento causado pela perda do futuro e religá-lo a tudo o que havia ido embora. Durante uma hora e meia, aqueles ossos foram a coisa mais importante do mundo. Eram tudo o que importava [...] Entre ele e aqueles ossos muita coisa aconteceu, muito mais do que agora entre ele e os que ainda tinham carne em torno de seus ossos.
A carne vai embora, porém os ossos permanecem. Os ossos eram o único consolo que restava para alguém que não acreditava na vida após a morte e sabia, sem nenhuma dúvida que Deus era uma ficção, e que aquela vida era a única que ele teria."( trecho do livro "Homem Comum"de Philip Roth.)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Faruque

 Já era tarde da noite quando vi que Maikel postou no site de relacionamento mais conhecido no Brasil uma foto sua com seu fiel escudeiro. A legenda dizia: Eu e o Finado Faruque. Bairro cruzeiro - Caxias.

Rafael:

- Faruque deve ter sido um bom amigo


Maikel:

- Cara, o Faruque foi executado por mim mesmo com um tiro de espingarda 20, pois estava muito velho e doente. É fato, quando executei ele eu tinha 23 anos. Foi barra.
 Fiquei muito mal nesse dia, pois esse cão me fazia companhia antes, quando morava em um apartamento, só eu e minha mãe.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mário Quintana


É como disse Mário Quintana em "O tempo":

[...]Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento