sexta-feira, 30 de maio de 2008

A folhagem


Desvencilhar-se não é tão difícil como imaginava
Não consegui me afastar muito
mas o bastante pra enxergar o sol sobre a folhagem
Incrível o modo como a folhagem fica mais verde quando há luz sobre ela.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sem título


Ontem, prestes a desmoronar depois de um grande golpe
lembrei-me de um texto escrito por um grande amigo
onde dizia que devemos sorrir para os problemas.
Não dei nenhuma gargalhada, claro.
mas com a lembrança do texto, me vieram coisas agradáveis.
Ele sempre tem palavras sábias a dizer.
Isso me fez conter as lágrimas.
E não é porque um obstáculo aparece em nosso caminho que devemos desistir, óbvio que não.
Isso nos ensina a viver, a conhecer melhor as pessoas.
Eu que havia aprendido valores importantíssimos com esse amigo, nem se quer tive contato direto com ele no dia de ontem...
...mas mesmo assim aprendi mais um, o de que não devemos confiar totalmente nas pessoas.
SE TIVEREM QUE FAZER ALGO POR MIM, QUERO QUE FAÇAM NÃO PELO QUE MEU PAI FOI E SIM PELO QUE EU SOU!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O mochileiro


No radio tocava TENNESSE WALTZ
Ele não era de se arriscar tanto, nunca teve porque se arriscar.
Exausto de tudo, colocou sua mochila nas costas e partiu
no bilhete sobre a mesa dizia apenas pra não se preocuparem.
Pegou sua primeira carona nos arredores da cidade
Uma vez escutara que o melhor modo de se fazer amizades era pegando carona.
Saiu pelo país afora em busca de aventura
Sempre pegando carona
conhecendo pessoas de todos os tipos
garotas com sonhos diferentes
amores distintos
Quando se deu conta havia atravessado o pacífico
sempre deixando pessoas pra trás
amigos que sentiu saudade
garotas que jamais esqueceu
Aproveitando cada instante
mesclando alegrias e tristezas
vivendo cada dia como se fosse o último
O tempo passou rápido
e um dia em seu leito de morte alguém perguntou:
- A vida valeu a pena?
E ele, sem forças pra responder
deu um longo suspiro, seguido de um breve sorriso.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

brilho no olhar


Pluma leve a voar
branca como a neve em um ambiente tenebroso
sinto-lhe a pele macia como um algodão
sua face límpida transparece sentimentos
traços fortes e verdadeiros
numa manifestação inconsciente, foge.
O brilho no olhar não passa de medo
- Tentas me enganar?
Seus gritos serão abafados
e depois o sono virá
Enfim, o brilho que tanto busco no olhar desaparecerá
e não serás mais tão importante como antes.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sem título


Entre edifícios próximos e distantes decidi que essa era a hora
Então resolvi deixar a covardia de lado e encarar de frente
Aqui estou eu sozinho escrevendo o começo de tudo.

" Oi mãe, quero que saiba que São Paulo é uma cidade incrível,diferente do que eu imaginava aos doze anos.
Quando cheguei aqui na manhã de sábado percebi que esse é o lugar...
Na verdade quando decidi vir pra cá minha intenção era ficar, e nada vai me fazer mudar de ideia.
No fundo eu sei que você sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde.
Eu não quero passar o resto da minha vida em uma cidadezinha no meio do nada
Pedregulho não é mais pra mim,  espero que compreenda minha decisão.
Seria importante pra mim se me apoiasse.
De seu filho que te ama.
Rafael "

Sei que essas palavras fará correr lágrimas em sua face em uma ligação futura
Mas como disse ao meu irmão,
creio que é o certo a ser feito.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nada mudou


Depois de um tempo sem vê-la
ela reaparece e passa por mim
parece não me reconhecer
Tento segurá-la pelo braço, mas ela me escapa
assim como escapou anos atrás.
Nada mudou
Sua pele macia, que me tirava o sono
seu olhar profundo, seus lábios carnudos
seus longos cabelos, suas mãos.
Ela vai em direção ao nada
e eu a sigo com a esperança de tê-la comigo
Então acordo com o canto do pássaro
Abro a janela e lá esta ele,
sozinho em uma manhã gelada.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Inverno


As nuvens transformaram o azul do céu em um cinza escuro
As árvores se petrificaram com os cristais de gelo
O lago congelou
Enquanto a pobre
despedaçada, hibernou-se com o inverno
mas não conseguiu esperar que a estação passasse
Colocou luvas, meias e seu casaco mais grosso.
Quando saiu pôde perceber pela primeira vez que havia beleza la fora
tudo ainda era triste, porém belo e tranquilo.
Seu casaco grosso não foi o bastante pra protegê-la totalmente do frio,
mas ela suportou
e ainda sorriu.

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento