quinta-feira, 2 de junho de 2011

O café puro do campo


Grão a grão o café ia sumindo
e mesmo com o braço já dolorido eu continuava a moer só pra vê-lo virar pó.
Ontem eu comprei um quilo de café do Crispim, um velho amigo
e bebendo o café puro do campo naquela manhã, me recordei da época em que eu moía( mesmo que em pouca quantidade) o café para minha avó.
Eu era criança e ela ficava tão contente em me ver ajudando.
Ontem eu não tive coragem de tocar no assunto da morte do "Seu"Orlando
Era claro que o Crispim ainda não havia superado.
Pude notar quando ele parou olhando pro chão durante um longo espaço de tempo.
Eu não disse nada temendo que ele se entristecesse e logo perguntei sobre a TV à cabo
Depois disso ele me agradeceu pela visita.
Realmente eu não disse nada, e falamos mais sobre a TV à cabo e o sinal digital do que qualquer outra coisa, mas não tem um dia que eu passe naquela rua e não me lembre do "Seu" Orlando.
Seu português propositalmente errado quando se referia ao bem estar
Certamente é alguém que faz falta.

Um comentário:

Mário Rodrigues disse...

Olá

Pasando para dizer um oi!!

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento