sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A revoada das aves


 Não havia nada mais lindo
 Prestativo como sempre, parou.
 Sentou-se no banco da praça e chorou
 Ah, um pranto um tanto triste.
 Pobre homem!
 Ouvia-se apenas o barulho das crianças brincando, isso realmente o chamara a atenção desde jovem.
 De nada adiantaram as lágrimas
 Não teve filhos,
nem esposa
 Ela nunca voltou pra assistir a revoada das aves no verão
 Ele fez isso sozinho na maioria das vezes.
 A luz fraca do sol transpôs a folhagem espessa
 Os raios solares atingiram sua retina desprotegida,
dando-lhe a sensação de vitalidade e conformismo
 Livre ao olhar a sua volta, abriu um sorriso espontâneo e verdadeiro.
 As aves migravam novamente para o seu deleite, e tudo estava como era antes.
 Mas o brilho no olhar cessou de tal forma que se apagaram as lembranças
 Pálido, mirou um ponto fixo no horizonte onde a avistou linda e desatenta,
e la ficou de olho pro resto dos seus dias.

3 comentários:

Daniel Savio disse...

Eu ia perguntar o motivo que ele não tenta isto num futuro próximo, mas pelo jeito, ele vai fazer a tua familia...

Fique com Deus, menina Rafael.
Um abraço.

Rafael Ayala disse...

Poxa, que triste tal homem...
Sem família e sem amigos?

Por qual razão ele não pode mais tentar? Já teria ele desistido de tudo.

Bonito texto, triste, mas bonito.

Boa semana pra você.
Abraço!
=]

sblogonoff café disse...

Rafael, seus posts estão cheios de dor, de angústia.Eu espero que sua vida não seja assim.
Que sinas tristes!!!

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento