Saudade

 Sozinha a olhar o sol que nascia, lembrou-se de algo bom que viveu
e seu olhar q mirava o céu, devagar caiu e se encheu de tristeza
 As lágrimas brotaram derrepente, e antes que levasse as mãos ao rosto para enxugá-las, elas rolaram.
 Rolaram aos montes seguidas do ruído que se faz quando se está chorando.
 Ela não queria confessar que sentia saudade, mas era notável.
 Quando se deu conta, o sol explodia em luz, e a manhã já havia acabado.
 Levantou-se então encharcada em dor e se foi.

(Imagem do filme vanilla sky)

Adeus

Adeus

 Eu queria ter sido feliz
queria ter aprendido a voar
porém, a infelicidade não deixou.
 A vida é longa e ao mesmo tempo tão curta.
 Eu nasci pensando que seria feliz, que poderia voar
mas eu me enganei, porque a vida que me deram é horrível.
 Trancada, sem poder lutar pelos meus sonhos
que são tantos, que chegam até a me sufocar.
16/09/1998 (autor desconhecido)

 Encontrei isso dentro de um livro que peguei na biblioteca municipal a menos de um mês.
foi escrito a mão em uma folha de caderno, o papel já estava amarelado pelo tempo e quem escreveu nem se deu o trabalho de retirar a borda de espiral.
Isso foi escrito a 11 anos atrás por uma garota solitária metida a Lispector, ou quase isso.
 Só espero que a pobre menina tenha conseguido realizar os sonhos que a sufocavam e de quebra aprendido a voar.

Depois daquele verão

- Oque você fez nesse verão?
- Nada!
- Nada é muito triste, pense nisso!

Diálogo do um final de um filme que não me recordo o nome.

Seguindo rastros

 Ele resolveu se ausentar de sua vida rotineira, aturdido com a possibilidade de não voltar mais a ver a garota que sonhava visitar a torre eiffel, morar num trailer e ter um gato.
 Respirou fundo e seguiu rumo a um um amor tolo e adolescente, com uma mochila nas costas numa viagem pouco convencional.
 O sol era de 40 graus e havia passado um ano sem que soubesse qualquer notícia do seu amor até então.
 Os dez livros indicados por ela já estavam lidos.
 O esboço de sua face já estava completo, como prometido.
 O trailer avistado à quilômetros no deserto mostrava que agora ela era independente.
 A vasilha vazia indicava que o gato de estimação agora existia.
 E o cadeado na porta mostrava que ela havia ido embora sem ele.