domingo, 29 de junho de 2008

A realidade


Ao perder a mãe se sentiu vulnerável ao padrasto
que a olhava de uma forma diferente desde então.
Trazia consigo de criança a ingenuidade e bondade de uma menina do campo
Frágil como uma boneca de louça, buscou juntar seus pedaços após a surra que levou do senhor que vivera anos com a mãe.
Desamparada, acreditou em juras feitas por um homem mais velho, casado e com filhos.
E aproveitando um descuido do padrasto colocou meia dúzia de roupas na bolsa e partiu rumo a cidade grande.
Assim me disse Carlinhos pelo messenger essa tarde.
Segundo ela, iria trabalhar como empregada da família para não levantar suspeitas.
Sem julgar a atitude da pobre, Carlinhos indagou sobre um livro que estava escrevendo
e disse ainda que sua história estaria entre as outras que colecionava pelo caminho.
Feliz, a garota agradeceu Carlos com um beijo em cada lado do rosto, e esperançosa lhe pediu que desse a ela um final feliz no livro.
E pelo saguão do aeroporto a menina seguiu rumo a um final.
A realidade é assustadora.

2 comentários:

D. Diogo Klock disse...

ola Rafael!
primeiramente gostaria de agradecer sua visita no meu blog...
em segundo dizer que o seu blog é muito bom...
muito agradavel...
vou colocar nos favoritos...
em terceiro
o texto é maravilhoso...
abraços...

Georgia disse...

OI, Rafael,

obrigada por suas palavras em meu texto, da Bia. Era uma cachorra que eu amava muito, principalemnte porque era adotada depois de velha. E devo confessar, que escrita linda a sua!
Adorei o que escreve, e fico feliz por ter visitado meu blog também. O mundo das palavras é encantador,porque assim, encontramos os nossos!

Beijos

Georgia

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento