
No rádio: "Piaf", em sou baixo e abafado.
Teias de aranha cobrem os cantos do teto do aposento
Ao olhar pela greta da janela observa a criatura
que imóvel parece perceber estar sendo observada
um descuido com o olhar a faz perder o grotesco animal de vista
O conforto de seu quarto já não é mais tão seguro
O medo é inevitável
Trêmula, com seu olhos esbugalhados, torna a caçar a besta
Um barulho interfere e a faca que segurava desliza e cai
Sem tirar os olhos do buraco, vai tateando a mesa de cabeceira,
e em fração de segundos sente algo estranho que parece não pertencer à aquele ambiente
O tenebroso arrepio a faz pular sobre a cama embaraçando no fio do rádio jogando-o ao chão.
Som nenhum interfere mais o pesadelo da noite,
que parece não ter fim debaixo do cobertor
O assoalho é pisoteado por algo desconhecido ao seu redor
O suor ensopa a pobre que de medo reza;
reza pra que amanheça logo.
Um comentário:
Era um ratão?
ou uma barata?
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