quarta-feira, 11 de abril de 2012

Joanita


 Já prevendo a resposta, perguntei:
- E aquela moça bonita do retrato, quem é?
- Era eu - frisou Dona Joana -"Era".
 Seu olhar torno-se triste e desamparado.
- Joanita, eu era conhecida. Trabalhei muitos anos num restaurante espanhol, e foi la que ganhei o apelido que carrego até hoje. Todos na rua me conhecem por Juanita.
 Mostrou-me várias fotografias de quando era jovem, do pai, e até de um garotinho sorridente que cuidou desde pequeno e que sentia falta pois havia crescido e se mudado.
 Afinal, nada dura eternamente.

4 comentários:

eu Pateta disse...

dura sim. na memória
lá guardamos tudo

Rafael Lolaia disse...

é inevitável imaginar, o que dura e o que não dura!

Rafael Ayala disse...

E "que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure". É mais ou menos assim, né? O que é bom e uma pena ao mesmo tempo...
Abraços!
=]

António Je. Batalha disse...

Passei e li algumas coisas, é um blog fantástico, blog que não gostaria de perder, por isso quero dexar um convite, mas é apenas se o quiser fazer, pertencer aos meus amigos no Peregrino E Servo, claro que irei retribuir.Um obrigado, e tudo de bom.

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento