quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Poucas lembranças


 Ao deitar-se na cama, notou que algumas lembranças estavam ficando distantes
 Tentou em vão se lembrar dos grandes momentos e das pessoas que no retrato estavam
 Já não se recordava com clareza da face de sua antiga amada, que já não era tão amada assim.
 Os dias voaram como nunca e nem assim percebera o quanto perdeu.
 Ao olhar pro teto foi pego de surpresa, deparando-se com a pouca memória que lhe restara.
 Entre as recordações, havia um sorriso que custava se lembrar, e aos poucos ia perdendo seu brilho.
 Ele não se importara com o vão que ficara em sua memória, mas algo dizia que aquele sorriso era importante e que não devia esquecê-lo.
 Mais uma vez a grama havia se tornado verde nos pastos
 As flores cobriam as encostas em torno do lago
 E o sorriso, que no retrato da parede ficara eternizado, deixou de ser sorriso.

4 comentários:

sblogonoff café disse...

Faz tempo que não te vejo madrugadamente na janelinha do msn!!!

Estou esquecendo seu rosto!

Onde tudo é fugaz, quando as lembranças terminam, restam as sensações no fundo da memória para nos lembrar de como foram as passagens.

Saudades.
Não consigo lembrar do seu rosto, mas lembro dos papos!!!

Daniel Savio disse...

Infelizmente, é o caminho de todas as nossas lembranças, mas olhe pelo bom lado, até as ruins...

Trate de se cuidar menino e ter motivos para ter novas lembranças.

Fique com Deus, menino Rafael Galvão.
Um abraço.

Anônimo disse...

olá, vim agradecer o comentário que deixou no meu poema no blog "tão certo como flores no deserto" e digo ainda que seu blog é incrível.
Mariana Cofferri

T@tah disse...

Como sempre muito habilidoso com as palavras!

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento