segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Rio


 Lá estava ele mais uma vez, caminhando pelo calçadão com seu melhor amigo ao som de Tom Jobim.
 Ao tropeçar com sua sandália num paralelepípedo solto por acaso, desviou o olhar do mar prateado para os prédios à sua esquerda.
 Notou então na sacada de um apartamento uma jovem triste, que suspirava tendo em sua frente a amplidão do horizonte em uma manhã de domingo.
 Ao perceber que estava sendo observada, desviou o olhar do mar rapidamente por duas vezes,
e com o olhos marejados em uma fração de segundos, soltou uma gargalhada quando o observador deu com a cara no poste a sua frente.
 Duas garotas que vinham no sentido contrário não seguraram o riso,
e o pobre desconsertado com a situação e com o amigo que não parava de rir, tateou a testa procurando um galo.
 Refeito da pancada, voltou seus olhos pro edifício à procura da jovem.
que ainda debruçada na sacada, o olhava de uma forma como se dissesse:
- Ah, você está aí!
 E ele, ao notar o modo como a garota o olhava, gritou:
- Me dá seu telefone...!

2 comentários:

Daniel Savio disse...

Um encontro pelo destino...

E você menino Rafael, se encontro com o teu destino?

Fique com Deus, menino Rafael.
Um abraço.

Pensamento aqui é Documento disse...

O amor e o cômico andam sempre juntos, lado a lado.

Sua narração tá deliciosa, viajei com você!

Adorei!

Beijos

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento