terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O medo da noite




No rádio: "Piaf", em sou baixo e abafado.
Teias de aranha cobrem os cantos do teto do aposento
Ao olhar pela greta da janela observa a criatura
que imóvel parece perceber estar sendo observada
um descuido com o olhar a faz perder o grotesco animal de vista
O conforto de seu quarto não é mais tão seguro
O medo é inevitável
Trêmula, com seu olhos esbugalhados, torna a caçar a besta
Um barulho interfere e a faca que segurava desliza e cai
Sem tirar os olhos do buraco, vai tateando a mesa de cabeceira,
e em fração de segundos sente algo estranho que parece não pertencer à aquele ambiente
O tenebroso arrepio a faz pular sobre a cama embaraçando no fio do rádio jogando-o ao chão.
Som nenhum interfere mais o pesadelo da noite,
que parece não ter fim debaixo do cobertor
O assoalho é pisoteado por algo desconhecido ao seu redor
O suor ensopa a pobre que de medo reza;
reza pra que amanheça logo.

Um comentário:

Galvão´s disse...

Era um ratão?



ou uma barata?

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento