terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Cláudia



Cláudia
Por ser de todos resolvi pintá-la,
para guardá-la comigo, que...
fisicamente não podia tê-la junto todo tempo.
"- É realmente uma obra de arte viva"
Assim diziam os rapazes quando Cláudia passava.
Cláudia não era mulher pra casar.
mas eu não pensava assim,
mas pra mim Cláudia só posava e partia.
Cláudia era de todos sem dúvida
Óh, Cláudia!
por ser de todos resolvi matá-la.
Assim seria pra mim, jovem e bonita eternamente.
Não apenas na tela, mas principalmente em minha memória.
Cláudia, Cláudia!
sempre foi de dar espetáculos,
e assim foi até na hora da morte.
Digno de aplausos.
A rajada de vento que passara,
talvez viera pra buscar o espírito de Cláudia,
que aos poucos, estendida sobre a mesa, empalidecera.
Agora a tela parecia mais viva que o próprio corpo.
O crepúsculo se foi, e Cláudia também,
mas não completamente.

3 comentários:

Thiago dos Reis disse...

Se não me explicar o motivo de tanta morte e desgraça em seus textos serei obrigado a fazer uma análise sua, e isso não será legal (pra você).

Traduzindo minha mensagem:
'Me diz, pq tanta morte e desgraça em seus textos?'

Valeu, abraço, apesar de tudo, são geniais. Acredito que poucas pessoas conseguirão entender a essência e que a maioria não entenderá a mensagem que cada texto passa. Nessa maioria, se inclui você, o autor!

Abs!

Rafael disse...

ok thiago
Na verdade sou fascinado por finais trágicos,mas não escrevo apenas isso. tenho textos com finais felizes também,porém não são meus favoritos,entende?
claro que entendo a essência rsrs
e apesar de ter respondido sua pergunta estou preparado pra ouvir sua análise,obrigado

Galvão´s disse...

Deixa a Claudinha em paz!!!

Eu vou contar pra ela,heim?

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento