quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Quando a morte vem sem avisar

Na noite de ontem eu perdi um ente querido, meu tio Josa.
O que mais dói é saber que era um homem bom, que não sabia fazer maldade à ninguém, e que terminou seus dias sozinho em um asilo, sem esposa e sem filhos.
Ele era um homem triste e solitário, que sentia dores terríveis por conta de um desgaste nos ossos.
Se tem algo que não me arrependo, é de ter ido vistá-lo inúmeras vezes, mais que qualquer um da família.
Me alegra saber que ele se orgulhava de mim, dizendo à todos: "- Esse aí é meu sobrinho, ele trabalha na farmácia".
E ao mesmo tempo isso me soa tão nostálgico, saber que jamais vou escutar isso vindo dele novamente.
Sentirei saudade desse homem que chamava meu irmão de "Cotinha".
E nessa tarde triste e nublada, só resta a lembrança de um homem feliz na juventude.

Em memória do saudoso Tio Josa

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metrópole

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