sexta-feira, 26 de junho de 2009

Reencontro


 O café estava lotado
 Ao se aproximar vislumbrou-a através da vidraça sem se anunciar.
 Via a imagem de sua própria sorte
 Se escondia atrás de uma barraca de souvenirs.
 Queria surpreendê-la com sua chegada,
e percebera pela primeira vez em sua vida que não sobreviveria à morte dela.
 Distraída com seu chá, não notara a chegada pontual do seu amante,
que se aproveitando da situação disse já puxando a cadeira:
- Espero que não se importe!
- Absolutamente - disse a dama espantada e feliz com sua chegada repentina.
 Seu único desejo por meses foi vê-la,
pois com ela passara até então o mais belo ano de sua vida.

3 comentários:

Lola disse...

cafés são charmosos por natureza
e reencontros são sempre saborosos, né?
gostei!

sblogonoff café disse...

Eu queria saber mais de você...
Queria saber como é a fonte dos textos de situações contingentes (tudo o que é poderia não ter sido), dos amores que fazem como aquela música que já falei aqui... acho: como um barco que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais.
Sei lá... Existe uma dor nessas coisas que nõ se concretizam, nõ existe? Sempre alguém está indo, sempre existe partida...
Ou eu me engano?

Daniel Savio disse...

Hua, kkk, ha, ha, será que é o primeiro reencontro dele?

Talvez do corpo sim, mas talvez não do coração...

Fique com Deus, menino Rafael.
Um abraço.

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento