terça-feira, 29 de abril de 2008

A próxima noite


O vento daquela manhã gelada a castigou
Nem se quer enxaguou o rosto ao se levantar
Após duas horas parada no mesmo lugar
pode-se notar a marca de suas lágrimas, e os olhos surrados do pranto incontido.
Como não imaginou que fosse mentira?
A noite passada era uma prévia sátira do indiscutível caminho pecaminoso.
Ele sussurraria algo sutil em seu ouvido, o que era esperado
Algo maior que qualquer misticismo que ela acreditasse
até que ela cedesse.
Enquanto ela, voluptuosamente bela, o envolveria em seu ser
Entregando-se, entrelaçando-se
Sem enxergar sua face
porém, tocando-a com suas mãos trêmulas
até que ele sumisse em um breve cochilo
deixando-a apenas com uma próxima noite
longa e gelada.

2 comentários:

Thiago dos Reis disse...

quando vc me disseque o texto falava sobre um cafajeste que abandonava uma garota, não imaginei que o texto fosse ser tão bom.

parabéns!

Rafael disse...

Pois é,esse realmente não achei dos melhores
mas obrigado

metrópole

metrópole
Estava chovendo lá fora

Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento